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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Comunicação litúrgica


No segundo dia do encontro, Frei Ariovaldo aprofundou sobre o tema da comunicação em geral e, posteriormente, a Comunicação na Liturgia.
Após uma leitura em grupos, discutiu-se o texto da Doutora Christa Berger, Comunicação na Sociedade Contemporânea, o qual trata da problemática atual da comunicação em nossa sociedade. Segundo a autora “é fundamental, a partir do entendimento correto da comunicação, conduzir a uma revitalização da comunicação cristã, através da redescoberta de formas antigas de comunicação e do uso adequado de novas formas”.
Comunicar é trocar olhares, saberes, emoções; é olhar o outro, senti-lo; é partilhar. Infelizmente em nosso meio a comunicação tornou-se um meio de escravidão e não uma forma de liberdade; afirma a autora.
Trabalhando o texto Comunicação Litúrgica: Ação sinergiticamente divino-humana, Frei José Ariovaldo da Silva, OFM afirmou que “a comunicação litúrgica vem sendo confundida mais ou menos com pura e simples aplicação das técnicas de comunicação na liturgia. E ainda, comunicação litúrgica vem sendo identificada mais ou menos com barulho. O ministério da liturgia está ficando abafado sob os outros interesses. Em vez de celebrarmos de fato a divina Liturgia, expressar sacramentalmente a presença viva do mistério pascal, estamos levando os ritos “no chute”, às pressas, sem devoção. Assim sendo “o centro da nossa fé, o Mistério, está aí como um tenro broto de feijão sufocado debaixo de uma terra dura e seca, penando encontrar uma brecha para vir ao sol e a muitos alimentar.
Para uma boa comunicação na liturgia deve-se ter uma adequada dicção, não permitir que o barulho tome conta do ambiente, evitar que o “ego” assuma o controle de nosso ser, recordarmos sempre o valor da liturgia e não esquecer, jamais, que Cristo está presente na liturgia, Ele é a perfeita “liturgia” do Pai. E para que isso aconteça é necessário concentração associada ao silêncio, pois assim pode-se entrar em contato direto o eu interior deixando que o Espírito Santo aja através de nós, nos utilize como um instrumento. “É um direito do povo de sentir Deus falando com eles” (SC 14).
Após longa discussão e debate sobre o assunto, Feri Arivaldo ressaltou que a mudança para uma liturgia orante e que fale ao coração depende de cada um de nós. Muitos apresentaram que em muitos casos, quem preside a liturgia não revela Deus, e manipula o rito segundo interesses pessoais.  Para o Frei cabe a cada leigo, no parte que lhe cabe, lutar para a que a Liturgia seja um espaço autêntico da experiência de Deus.  
O sábado foi finalizado com uma bela celebração  do Ofício de Vigília, preparado pela equipe da região Leste. “Com efeito, a liturgia pela qual, principalmente no divino sacrifício da Eucaristia, “se exerce a obra de nossa redenção”, contribui do modo mais excelente para que os fiéis, em sua vida, exprimam e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a genuína natureza da verdadeira Igreja”. (CIC 1068).







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