“Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo
15,12)
(VI Dom. da
Páscoa, 13-05-12)
A liturgia da Palavra, neste Domingo, nos convida a
permanecer no amor de Jesus, a fim de que sua alegria esteja em nós e a nossa
alegria seja plena. Eis a condição necessária para vivermos o seu mandamento:
“amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15,12).
Amar como Deus nos ama é a grande novidade exigente do
mandamento de Jesus. Na 1a leitura, Pedro nos faz compreender que
Deus ama a todos sem distinção, de modo que os fiéis de origem judaica ficaram
admirados ao verem que os pagãos também são agraciados pelo dom do Espírito
Santo.
Deste modo, “amar como eu vos amei” (v.12) é antes de
tudo ter um coração aberto a todos, sem distinção. Tal atitude só é possível
para quem reconhece que o amor vem de Deus, por isso, diz o apóstolo João:
“quem não ama, não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor” (1Jo 4,8).
Não basta saber que Deus é amor, temos que compreender
“que não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o seu
filho como vítima de reparação de nossos pecados” (1Jo 4,10). Nesta perspectiva
o Papa Bento XVI, em sua Encíclica Deus Caritas est, nos lembra: “já que Deus nos amou primeiro (cf. 1Jo
4,10), o amor agora não é mais só um mandamento, mas é a resposta ao dom do
amor, com o qual Deus vem ao nosso encontro” (n.1). Em outras palavras, só o
amor de Deus nos torna capazes de amar como Ele nos amou.
Por isso, Jesus nos convida a permanecer no seu amor,
pois só teremos alegria plena se aprendermos com Ele que amar é doar a vida,
pois foi assim que Ele nos amou. Além disso, nos lembra que permanecer no seu
amor consite em guardar os seus mandamentos, sobretudo, o amor a Deus, na
obediência filial, e ao próximo como Ele mesmo nos amou.
Pe. Danival
Milagres Coelho.