Bem Vindo!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

SOLENIDADE DE SANTA MARIA - MÃE DE DEUS

Exulta, filha de Sião!

 A Igreja convida a contemplar Maria na experiência de sua divina maternidade. A Palavra focaliza o Filho. Os pobres encontram Jesus e sabem ver e discernir a Salvação de Deus na simplicidade de Maria, José e o recém-nascido. A meditação de Maria é a atitude da Igreja-Mãe, que guarda e interioriza o Mistério Pascal, que investe na vida interior como Projeto de Vida, através da meditação. O louvor dos pastores é anúncio do Mistério Pascal que provoca a conversão.Lucas salienta o rito da imposição do nome: Jesus (salvação). O nome indicava a missão que a pessoa iria desenvolver no meio do povo da Aliança. A 1a leitura traz a bênção do povo judaico no ano novo. Jesus é a bênção de Deus que salva com a colaboração de Maria. A fecundidade divina que gerou o Verbo divino no seio da Virgem Maria é bênção de esperança para toda pessoa que busca ardentemente um sentido para sua vida. Na 2ª leitura Paulo diz que somos filhos(as) e herdeiros(as) de Deus, não mais escravos, podendo clamar como Jesus:  “Abba!”. No salmo 67 pedimos bênção para que a sua salvação chegue a todas as nações. No início de um novo tempo da história do mundo e da história pessoal de cada um, Maria é modelo de quem acredita na vida, vencendo a morte e a escravidão, destruindo o medo e as inseguranças. Ela ensina como inserir-se na história e como dar sentido ao tempo histórico de cada pessoa. Com Maria, crescemos na consciência de que a salvação só é possível dentro de uma comunidade que aceita o Projeto de Deus a partir dos pobres e excluídos.

SUGESTÕES PRÁTICAS

- Espaço celebrativo: dispor um ícone de Maria. A melhor opção é a imagem em que ela aparece como “trono” para o Cristo, “entregando” ou “apresentando” o Filho.  As imagens em que ela aparece trazendo Jesus nos braços nem sempre informam a teologia da maternidade.
- Para abrir a liturgia da Palavra: “Virgem que sabe ouvir”.
- Abraço da Paz: dançar com a Bandeira da Paz, enquanto as pessoas se saúdam.
- Final: saudação a Maria, com queima de incenso e canto apropriado.
- A “Bênção de Aarão”, proposta no Missal para o Tempo Comum, é uma boa escolha, porque coincide com a 1a leitura.

                                                                                           Assessoria Litúrgica Forania de Ponte Nova

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Subsídio Litúrgico - Natal do Senhor

“Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria.”

Por meio do nascimento de Jesus em Belém, na Judéia, no tempo do imperador romano César Augusto, Lucas situa a história da salvação no contexto da história humana. José, descendente de Davi, vai com sua esposa Maria, grávida, a Belém, para recenseamento. Como não havia lugar para eles na hospedaria, Jesus nasce na extrema pobreza. Aos pastores, nômades pobres e discriminados, o anjo do Senhor anuncia a grande alegria: Hoje nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor. O sinal dessa boa notícia é um menino recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura. A multidão de anjos canta os louvores que expressam o sentido salvífico do nascimento do Messias Salvador: a glória de Deus nas alturas, e, na terra, a paz, o shalom, que consiste na plenitude de bens, e felicidade. Esse cântico dos anjos é a aclamação messiânica de Jesus como Príncipe da Paz. (1a leitura). O povo de Israel, no norte, encontra-se na escuridão da morte, sobretudo, por causa da opressão e violência do império assírio. Mas é iluminado pela esperança do nascimento de um filho de estirpe real, que será mais sábio que Salomão e mais forte que Davi para estabelecer a paz, o direito e a justiça. A luz brilhou de modo especial pela vinda de Cristo, que revelou a salvação de Deus a toda a humanidade, como evidencia a segunda leitura. Jesus nasce em nosso meio, oferecendo-nos a plenitude da vida e da paz, que nos impele a reconhecer os sinais libertadores da sua graça e bondade. Como o salmista, cantemos ao Senhor um canto novo porque hoje nasceu para nós o Salvador, para governar o mundo com justiça.

Sugestões práticas

 -O ambiente seja marcado pela alegria, pela festa e, principalmente, pela simplicidade.
- Além do presépio, simples, artístico, que ajude a contemplar o jeito que Deus escolheu nascer entre nós, não esquecer o Círio Pascal compondo o espaço celebrativo. Para a missa do “Dia”, sugerimos dispor de um espaço dentro do presépio onde colocar o Evangeliário, como símbolo vivo da Palavra que se fez carne (se fez gente) e habitou entre nós. A simplicidade do presépio foi o primeiro local dessa habitação divina.
-Logo após o sentido litúrgico e antes da bênção do presépio (opcional), o salmista poderá cantar o Precônio Natalino (também conhecido como Kalendas)
Ao terminar o sentido litúrgico, com a igreja na penumbra, fazer a entrada da imagem do Menino Jesus. (é um momento solene e poético!), em procissão, por um grupo de crianças ou jovens, levando velas ou pequenas lanternas acesas que, ao serem movimentadas com uma dança, criam um efeito especial, acompanhado de uma canção bem alegre. Ele é depositado no presépio, e o padre dirige-se, então, para lá e o abençoa. Depois, as luzes podem ser acesas e o padre convida a assembléia a cantar o Hino de Louvor.
-Procissão das oferendas: crianças. As maiores levam as oferendas, as menores levam flores.
- Depois da oração “pós comunhão” sugerimos a procissão do Menino Jesus, Maria e José. Pode também acontecer uma declamação, uma coreografia ou canção tradicional da comunidade. Nossa sugestão: “Noite Feliz”.

                                                                               Assessoria Litúrgica da Forania de Ponte Nova

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Subsidio Litúrgico IV Domingo do Advento


“Permaneça firme na fé!”

A celebração desse Domingo é como um ponto de chegada que ilumina a celebração do Natal com a luz da fé; ensina-nos que fé é atitude, é decisão, é acolhimento do projeto divino. As leituras evidenciam essa fé como acolhimento de quem se compromete, em termos de Aliança, com o projeto divino (1ª leit/Evang).  Isso está evidente na distinção entre o projeto de Davi e o projeto divino (1ª leit). Davi tinha um projeto pessoal de colocar Deus num templo (1ª leit). Deus lhe faz saber que é ele, Deus, quem construirá um templo. O acolhimento do projeto divino é ainda mais evidente em Maria, a Mãe de Jesus. Mesmo consagrando sua vida a Deus, Maria, também tinha seu projeto de casar com José. Mas, Deus lhe propõe outro projeto, de ser a Mãe de seu Filho e ela, pela fé, acolhe o projeto divino, fazendo-se serva, servidora de Deus (Evang). Paulo faz uma leitura teológica da fé como confiança através da obediência (2ª leit). Obedecer, significa “ouvir”, “acolher a orientação de alguém”; por isso, obediência só é obediência enquanto ato livre, traduzido em acolhimento e confiança. A fé é impulso para peregrinar, para se desinstalar de seguranças, provocando o sair de si para buscar Deus e colocando-se a serviço do projeto divino. Sem fé não se pode celebrar o Natal. 


SUGESTÕES PRÁTICAS

► Continuar seguindo as orientações de sobriedade deste tempo litúrgico
► Rito de acendimento da vela. Preparar a manjedoura com um suporte dentro da mesma para segurar a vela acesa. Jovem recita o texto. Concluída a recitação, canta-se a canção: Salve Maria, enquanto entra a mulher grávida levando a manjedoura, acompanhada de seu marido, vão até a coroa e acendem a 4ª vela.
Jovem: Um dia, no Antigo Testamento, há milhares de anos de nossos dias, o Rei Davi quis construir um grande templo para Deus. Ele que morava num palácio de cedro não se conformava que Deus habitasse numa simples tenda de nômades. Mas, Deus não aceitou aquela proposta de Davi e, em vez de um grande templo, escolheu morar no seio de uma mulher grávida. È assim que a luz divina brilhou entre nós: o seio da Virgem Maria se fez casa de Deus e sua luz brilhou numa manjedoura simples e pobre.
► Lembramos que embora neste domingo a figura de Maria, a Mãe do Senhor, seja marcante, o enfoque da celebração da Igreja é sempre cristocêntrico.
Resposta da prece cantada: “Vem, vem com tua luz, ó Senhor Jesus!” ou
convidar a assembleia para cantar, em dialogo com o coro ou solista, a Litania do Advento; Informar que, no Domingo em que a Igreja recorda o “ventre que deu flor”, reconhecendo-a como ícone da Igreja, nós também recordaremos aqueles e aquelas que fizeram a voz do Verbo ressoar, que se tornaram “cumprimento” da Palavra de Deus mediante sua vida e trabalho. A litania é cantada normalmente. Quando chegar á expressão final: “Entre nós... Dentro de nós...”, repete-se três ou quatro vezes. Em seguida, a equipe estende a melodia com um vocalize em “u”. Enquanto isso, faz-se a leitura dos nomes daqueles e daquelas que foram “cumprimento” da Palavra de Deus em nossos tempo. Exemplo: Dom Oscar Homero, Dom Luciano... (para conseguir a melodia gravada, mp3, site:www.calbh.com.br)