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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Sentido Teológico da Liturgia

Abertura do Encontro

No último sábado, 21 de outubro de 2011, teve início o Encontro Arquidiocesano de Liturgia com o tema: “A comunicação do Ministério Pascal na Ação Litúrgica”; contando com a participação de leigos, seminaristas, diáconos e padres das regiões que compõem a Arquidiocese de Mariana.
Depois do Ofício de Abertura, o sentido Teológico da Liturgia foi abordado por Dom Geraldo, por Frei Ariovaldo, tendo o Pe. Geovani como mediador.
Dom Geraldo em enfatizou a importância do Concílio Vaticano II como o maior evento eclesial do século XX.  O Concílio Vaticano II foi realizado durante os anos de 1962 a 1965 e foi convocado pelo Papa João XXIII, tendo em vista a necessidade de uma reforma na Igreja, e finalizado pelo Papa Paulo VI. Tal Concílio contribuiu de modo significativo para uma grande reforma litúrgica.
Dom Geraldo salientou que os objetivos do Concílio iluminam os fundamentos teológicos da Liturgia, apresentando os seguintes:

1.       Alimentar ainda mais a vida Cristã dos fiéis;
2.       Ajudar a Igreja a se ajustar melhor às necessidades do nosso tempo;
3.       Favorecer tudo o que possa contribuir para a união dos que crêem em Cristo – união dos cristãos;
4.       Promover tudo o que conduz ao chamamento de todos ao seio da Igreja.

Para alcançar todos esses objetivos é necessário iniciar pela Liturgia que é o cume para onde caminha tudo na Igreja. “A liturgia é o cimo para o qual se dirige a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte donde emana toda a sua força.” (SC 10)
O Arcebispo disse ainda com grande entusiasmo e alegria sobre a comemoração do jubileu de ouro do Concílio Vaticano II, que acontece entre os anos de 2012 a 2015, e que nossa arquidiocese já está nos preparativos para celebrar tamanha festa.
Logo em seguida Frei Ariovaldo, doutor em Liturgia, frisou que celebrar é uma necessidade humana para manter viva aquela lembrança que tanto nos marcou. O próprio Jesus mandou realizar um rito em sua memória: “Fazei isto em memória de mim”. Celebrar nada mais é que tornar célebre, tornar famoso, elevar algo no mais alto grau. Assim aconteceu com nossos pais, no AT, quando ergueram altares após uma experiência de Deus, para que sempre pudessem relembrar daquele momento (Abraão – Gn 12, 1-9, Jacó Gn 28, 1-19)
Liturgia em grego significa prestação de serviço. Deus é o mais perfeito prestador de serviço à humanidade; afirmou Frei Ariovaldo.  Ele criou o homem e a mulher a sua imagem e semelhança; escolheu e libertou um povo; e nos deu um grande presente, Seu único Filho, Jesus Cristo – que é a “liturgia” perfeita do Pai, para nossa salvação. Nossa Senhora foi também uma grande prestadora de serviço, através do seu sim atendeu ao pedido de Deus e pode nos ser dado o Salvador. Frei Ariovaldo finalizou suas palavras dizendo: “Assim, em nós e por nós, membros do seu corpo, Cristo continua sua obra de santificação do ser humano e glorificação do Pai”. Assim, afirmou que liturgia é, antes de tudo, ato de amor, prestação de um serviço gratuito.
Ao final, Pe. Geovani recordou que o Concílio Vaticano II reformou os textos litúrgicos, mas que a implementação da Liturgia ainda está em curso dependendo da abertura e participação de cada um de nós. Vários temas foram questionados e comentados como: inculturação, introdução de expressões da cultura afro no Ofício divino das comunidades, modo mecânico de conduzir as celebrações, desvalorização das ricas fórmulas litúrgicas, entre outros. Sobre o processo de inculturação afirmou o arcebispo: “O processo de inculturação é o povo quem faz, com a ajuda e auxílio dos presbíteros”, ele não pode vir de fora para dentro da comunidade, não pode ser uma imposição externa”.





Frei Ariovaldo


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